“A ver como é que consigo sumarizar isto tudo. Na semana toda, não houve nada que desgostasse minimamente. Gostei de todos os dias. Foi tudo fixe. A parte de interagir com pessoas, jogar e isso. Mas quanto à posição de Portugal internacionalmente, eu acho, de facto, que Portugal consegue chegar longe se continuar a trabalhar. Eu, à medida que jogava com os jogadores e via os estilos dos outros, se calhar ainda não consegue chegar ao nível máximo tipo Top 3, mas consegue definitivamente ameaçar os outros jogadores. Acho que já temos potencial e qualidade para isso. Eu acho que se o Cris tivesse ido, ou tu (Jondesu) tivesses ido outra vez, a gente tinha chegado mais longe do que eu consegui. Quanto a isto ser incentivo ou não: eu, há uns tempos atrás, andava a pensar que não estava a jogar nada Tekken e isso, sem jogar ranked nem player match nem nada. Não achava que valia a pena, porque é uma brincadeira, é um hobby, certo? Não é viável. É melhor focar-me em coisas que interessam, do género um trabalho ou isso. Um fundo viável de remuneração, é o que quero dizer. Mas este jogo que comecei a jogar quando tinha 8 anos, que comecei a jogar no Tekken 3, não sei quantos anos depois estou a viajar de graça para Taiwan para conhecer outros jogadores, ainda por cima os melhores do mundo (…) faz-me sentir que eu, dentro dos possíveis – tendo um bom equilíbro entre um trabalho e um hobby – devo, definitivamente, continuar a competir, tentar chegar mais longe e ganhar torneios, especialmente os torneios do Lockdown que é ‘ganhas um destes torneios e vais para a Ásia ou outro país todo fixe’. Valeu mesmo a pena.”